Poema processo: uma informação técnica
by Almandrade Andrade
O poema processo como movimento artístico de poesia, desdobramento da Poesia Concreta visava apresentar uma nova forma de fazer poesia a partir de uma nova linguagem, ocorreu no Brasil entre 1967 a 1972. Surgiu em duas capitais do país simultaneamente: Rio de Janeiro (RJ) e em Natal (RN), se espalhando pelo Brasil. Foi fundado por diversos poetas entre os quais se destacaram: Wlademir Dias Pino, Moacy Cirne, Neide de Sá e Álvaro de Sá.
Os poetas do movimento inovaram os poemas visuais, já explorados anteriormente pelo movimento concretista. Enquanto na poesia concreta as palavras eram as principais
ferramentas, o poema processo vem rejeitar seu uso, empregando além delas, símbolos e imagens, signos não verbais, extrapolando os limites do poema.
O poema processo é um poema semiótico e visual para ser visto antes de ser lido ou consumido. “E aqui estamos diante de uma diferença radical em relação à poesia concreta, por exemplo: toda poesia concreta é acabada, “fechada”, monolítica; já o poema/processo, para ser de fato um
poema/processo, implica trans/formações.” Moacy Cirne
Principais Características:
Linguagem não verbal
Espírito revolucionário e inovador
Poema experimental e visual
Uso de símbolos visuais
Os principais representantes do poema processo durante o movimento foram:
Moacy Cirne
Neide Dias de Sá
Álvaro de Sá
Ariel Tecla
José Cláudio
Ronaldo Werneck
Aquiles Branco
Dailor Varela
Anabela Cunha
Cristina Felício dos Santos
Nei Leandro de Castro
Celso Dias
Outros poetas surgidos na década de 1970 deram continuidade e levaram adiante as conquistas do Poema / Processo para além do movimento.
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