homem de botas senhor das dores
by Leo Barth-Simeão
homem de botas senhor das dores
Em seu chapéu uma gota de sangue de qualquer cruz humana
Senta ao lado do infante e lhe prega o futuro do passado
Dores alegrias dores alegrias
O menino mal sabe o que o espera esperava
Todos os cavalos
Todos os cavalos demônios cavalos
O lápis que escreve é o mesmo que borra escreve
Reescreve o tempo na sua cozinha escura à madrugada
Sozinho às vésperas de todos os seus aniversários
E Lahlayara nem nascera e já se apagara muda infante
Delirante insignificante ali
O Demônio Boi estava morto
Sem qualquer hai cai
As vizinhas não reclamavam do som alto de setembro
todas as suas cores na faixa do judogui imundo
E à loucura era compreendida ao tomar o café com poeira
Estava só
Viver era andar só
Esperar só
Esperaria só
Assim como nascer
O nó que não se desfaz nem entorta
Sendo sempre de terra distante
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