Lábios Helenos
by Mayk Oliveira
A sombra das árvores estão a contemplar todos
os transeuntes dos dias de verão – consagram o abrigo;
Viventes no inverno queixam-se da coberta falível
entremeando os pingos com as pragas, praguejando.
Crianças por sua vez desenham o sol perante a chuva
como crônicas, poemas e num drama encenam tormentas no leste;
Sem poente, no pôr-do-sol, sem noite longa – mil vezes cantam e dançam mil outras.
Nem por um estante se quer, a história será a mesma e não, não mesmo, restarão vestígios.
Ferro, estanho, níquel ou porções de metal,
Sorgo, aveia e trigo receita e provisão.
Tesouro da ressurreição – incenso e poeira
Penas das asas de anjo vagabundo vivo.
Elegantes sapatos de pano, lenços de carmim na légua desandada;
Estradas de histórias sentidas, poços de moedas e do desejo atirados em rios sangues dos olhos.
Avenidas douradas em muros intransponíveis nadando na lama de ávido caos.
Haverá redenção? reconhecer as puras faces qual suco da Ibéria? quase toda boa bebida é assim;
Acalenta-se as misérias com remorsos humanos no balanço eterno de tiranos retornos,
O pão não importa para quem não tem sandálias.
Qual o gajo quinhentista navegando com rumo
O leme de agora impunha bandeira da vivência,
a sede tornado a latir latente,
Avançando por além dos sentidos segue-se o desejo de ser este e aquele, o ímpeto de ser todos. Tomá-los, bebe-los.
Passeia no firmamento com sempre sonhou e será!
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